quinta-feira, 7 de outubro de 2010

FALOU E DISSE

O nobre Mauro Canto do Blog Pitaco Azul escreveu hoje em um post algo que eu li, achei pertinente e assino embaixo com caneta esferográfica:

CASO JÉFERSONNão venham me chamar de insensível! O avô dele faleceu? Meus pêsames e bola pra frente! Vai ao RJ, participa dos funerais e se junta ao grupo em Sampa. Jéferson, jogando na sua posição (onde jogou contra o Ceará e não contra o São Paulo, viu Neguinho!) tornou-se importante para o time. Penso que com a volta de Caio, ele pode jogar fácil no lugar de Davi. Então, meus caros, não é caso de insensiblidade. É necessidade. Com o time do DM bombando, não se pode dar ao luxo de desprezar um 'são'. Aliás, quantas histórias já leram, viram ou ouviram de atletas que perderam entes queridos e se superaram em campo, quadras e pistas?

Schumacher, por exemplo, correu e ganhou um grande prêmio de F1 mesmo sabendo do falecimento do seu pai, no mesmo dia. Venceu e foi se despedir.

Liberando o jogador Jefferson para o funeral do avô (que não é uma mãe e nem um pai) o Avaí mostra que não é um time sério. Estamos com metade do elenco no DM, precisando vencer a todo custo, a mercê de um interino que não sabe nem posicionar o time em campo e ainda nos damos ao "luxo" de perder outro jogador importante neste momento?

Olha, eu já nem sei mais o que dizer, meu saco está inchado e minha paciência se esgotou naquele jogo contra o Botafogo, volto a repetir, o Avaí não é um time sério...

Meus pêsames ao jogador e a torcida do Avaí.

2 avaianos comentaram:

Alexandre FC Mendonça disse...

Pretendo concordar totalmente com tua posição, mas o que me impede, por enquanto, é eu não conhecer a outra ponta dessa história. Especulando, eu teria alguns breves cuidados antes de assinar contigo. Quem era este Avô na vida dele? A importância do avô na vida do jogador nós não sabemos, mas espero que a decisão de liberá-lo tenha levado isso em consideração, e não simplesmente liberar por lilberar. Em segundo lugar, pode ser Pelé ou Romário, mas se no campo entrar só o corpo e não a cabeça, de nada vai adiantar. O Zico em 1986 entrou em campo contra a França, mas deixou a cabeça no banco e deu no que deu. Neste ponto, então, como não conheço de perto os fatos, não posso saber se o cara estaria com a cabeça boa pra entrar em campo. Tem mais, quando se administra um grupo tão heterogêneo como um time de futebol, o pensamento deve ser global, mas respeitando as individualidades. Não quero dizer que deve-se fazer as vontades mimadas de cada jogador, mas para uns, o que parece ser mimo, pode não ser para outros, e isso só sabe quem está lá dentro, convivendo diariamente com os caras. Como eu não conheço a individualidade dos jogadores e o espírito do grupo, não posso saber se a decisão foi acertada ou não.
Cobramos (corretamente, diga-se de passagem) dos jogadores que tenham sempre postura de homens. Nunca vi nenhum blog ou torcedor sério pedir que sejam super-herois. E homens não são máquinas, têm fraquezas e tristezas. O Schumacher soube superar a morte do pai correndo, mas não soube enfrentar a ideia de ser ultrapassado pelo Rubinho, e quase causou um acidente.
Por isso, Bruno, só poderei concordar plenamente contigo se eu conhecer todos os fatos, mas, acho que isso não vai acontecer, e nem deve mesmo, mas isso é mais uma outra ponta desta conversa.

Um abraço,

Alexandre FC Mendonça

Bruno Carvalho - Resistência Avaiana disse...

Nobre Alexandre,

Primeiro quero dizer que gosto muito dos teus comentários, tens um Senhor ponto de vista em vários aspectos.

Tb não conheço a ligação do Jefferson com o avô, mas dado o ocorrido, tenho certeza que a noticia que será veiculada é que foi o avô quem o criou.

Não acho certo por parte do clube liberá-lo do jogo, qeu vá la, preste homenagens e se apresente, se tiver condições, joga, se não tiver, fica no banco.

JOgadores recebem para jogar, sei que uma perda é sempre uma perda, mas o jogador deve estar ali, com o grupo, nem que seja para ser amparado por eles.

Tenho certeza que o Avaí não fez a menor idéia do vínculo do jogador com o avô, tomou a decisão sem nenhum comprometimento, como tem feito durante o decorrer deste ano.

Abs

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