quinta-feira, 4 de junho de 2009

AVAÍ, MINHA RELIGIÃO

Quão tênue é a linha que separa a paixão da racionalidade? Essa é uma pergunta que há muito intriga alguns especialistas, e confesso, a mim mesmo. Quem tem condições de diferenciar o torcedor apaixonado do fanático? O torcedor com conhecimento de causa do corneteiro? O persistente do teimoso?

Tenho para mim que existem duas coisas para as quais ainda não se encontrou uma explição aceitável, a fé das pessoas e o amor pelo futebol.

Quem não tem uma avó devota que acorda diariamente às 05:00 a.m. pra ir rezar o terço ou assistir a missa na TV? Quem não conhece um evangélico que muitas vezes vira a noite orando, ou um pai que batizou seu filho com nomes bíblicos para pagar uma promessa, agradecer uma graça alcançada ou simplesmente por devoção?
Tenho para mim que Fé é a crença de que tudo é possível, não importa para que Santo tu acende a tua vela, a verdade é que o sentimento é o mesmo. Alguns procuram a fé pela dor, outros por amor, mas todos buscam alguma coisa.

As pessoas cada vez mais tem se apegado a fé para se salvar, de outro lado, vejo muitos se apegando ao amor pelo futebol para expor seus ideais e se fazer ouvir.

Não se pode mensurar a paixão de uma pessoa por um time em números, mas essa paixão pode ser facilmente entendida pelas atitudes da mesma. Quem nunca caiu em lágrimas durante um jogo? Quem nunca manteve o sorriso de orelha a orelha na semana seguinte a um título? Muitos foram os que brigaram com as esposas para ir ver seu time jogar, muitos foram os que usaram a frase Não posso, tem jogo do AVAÍ para se disvinciliar de algum compromisso no dia do jogo.

Há como mensurar qual o maior amor? Aquele do torcedor berrando no alambrado ou daquele sentado em sua cadeira em silêncio roendo as unhas? Jamais, quem aqui nunca berrou pro jogador do seu time palavras de ordem após aquela "rabada" na bola ou agradeceu a Deus aquela cabeçada certeira no ângulo?


Toda forma de expressão deste amor incondicional é válida, desde que sadia e respeitosa. Inúmeros serão os "técnicos" que veremos na arquibancada escalando o time, inúmeros serão os "Presidentes" no bar da esquina que presenciaremos aifrmando quem deve ser contratado para o time, inúmeros serão os torcedores que hoje apóiam o time e amanhã estarão buscando a cabeça de alguém, torcedor é isso mesmo...

O único caso constatado onde reclamar ajuda é quando ainda somos bebes, se tu chora, com certeza alguém vai te alimentar, mas, te orienta, já és um rapazote! Todo mundo tem direito de expor seus pontos, achar alguma coisa ruim, mas primeiro há de se entender a situação como um todo, entender as possibilidades para poder apontar os defeitos. O AVAÍ é um patrimônio de todos nós, do torcedor sentado na cadeira, do em pé no alambrado e daquele que ouve o jogo em casa pelo radinho.

Uma coisa não pode ser esquecida, O AVAÍ É MAIOR QUE TUDO ISSO.

3 avaianos comentaram:

Marcos TOTÔ Evangelista disse...

belo post..... táx podendo!!! Já falei várias vezes a frase não posso tem jogo do Avaí!!! Esses dias me perguntaram qual minha Religião, não pensei duas vezes, MINHA RELIGIÃO É O AVAÍ!!! abs

Raniere disse...

Belo texto. Acho que estas palavras deveriam ecoar na consciência dos Avaianos, principalmente àqueles que, neste momento ímpar que o Avaí vive, começaram a participar mais efetivamente nos jogos ou se associando. Temos que ter um sentimento de "fidelidade 100%" com o Avaí, como àquela tripulação que enfrenta tormentas e tempestades em alto mar num momento e em outro desfruta de paisagens lindas pelo caminho. Que cresçamos cada vez mais como torcida, e sempre com fé de que objetivos cada vez maiores serão alcançados, sempre com muita luta e persistência, pois isso já faz parte da história do Avaí.

Unknown disse...

Dasumbanho ô.
Arrombassi. Show de bola.
Saudações Azurras,
Sandro

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